segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

LIBERDADE


Quando o sol reluzir no mar
E o belo existente conseguires enxergar
E os reflexos trazerem aos pensamentos
A alegria de bons momentos
Considere-se livre...

Quando uma criança se põe a sorrir
E a simplicidade deste gesto retribuir
E alcançares as reminiscências
Revelando as experiências
Estás em ato de liberdade...

Quando alguém se aproximar de ti
E de seus gestos reconhecer a si
Respeitando suas condições de ser
E uma amizade daí crescer
Vibre, pois és livre...

Quando um romance a vida apresentar
E te oportunizares se apaixonar
Se mais tarde transformar-se em dor
E pelas lágrimas esta sensação se for
Estás no exercício da liberdade...

Quando o tempo passar, em anos
E reflexionar erros e desenganos
Se conseguires destes momentos
Aprender que os atos possuem intentos
És livre...

Quando o silêncio ecoar
E deste inaudível ressonar
Fores capaz de entender
A essência que implica o Ser
Alcançaste a plena liberdade...

Ematuir Teles de Sousa
01/07/2011

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

VOCÊ


É o seu jeito formoso que me fascina,
O encanto dos teus olhos que ilumina,
A estrada dos meus sonhos, da existência,
E busca na completude de minha essência,
Unir os nossos destinos...

É a sua boca que me extasia,
Suas palavras proferem a fantasia,
Interagem com os meus desejos e sentimentos,
E nas atitudes simples dos nossos momentos,
Aprender a entender o tempo...

São suas mãos macias que me deslumbram,
O contato recíproco que elas vislumbram,
Tomam-me com toques de carinhos e ardor,
E da sensação de estranho pudor,
Poder assumir os intentos...

É o seu abraço que me arrebata,
O calor do seu corpo que nobilita a alma,
Mesclam a razão com a emoção,
Sintetizam o infinito, e mesmo na contradição,
Tornam possíveis nossos projetos...

É a completude do seu ser que me apaixona,
Eu composto pelo Tu que me impressiona,
Que fazem desta união, rara beleza,
Demonstrando para quem quer que seja,
A arte de ser você...



Ematuir Teles de Sousa

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Saudade




Este sentimento que vem de mansinho
Sem avisar à hora da chegada
Geralmente de madrugada
Almejando o toque, o sabor do carinho;
Que faz ter o frio na barriga
O corpo virar, retorcer
E recordar a cantiga
Cantada no entardecer...

Este sentimento que não pede licença
Simplesmente domina
Traz arrepios e fascina
Por desejar sua presença;
Que faz o sono ir embora
Encontrar imagens na escuridão
Traz Lembranças de outrora
Saltitando o coração...

Este sentimento vem e me acerta
Que da um nó na garganta
Clama e canta
A canção certa;
Que faz olhar pra mim
E descobrir o vazio
Sem sabor e cor, sem calor e frio
Um opaco sem fim...

Este sentimento que se apelida agonia
Que cerram os lábios
A alma angustia
E gela os estios;
Que leva pra longe a felicidade
Me torna fagulha
E anseia ternura
É a voz da saudade...


Ematuir Teles de Sousa
20/12/2011

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Onde estás?



Te quero como te queria,
Como te queria eu não posso ter;
Te tenho como poesia,
E como eu te quero é o meu querer;
Te olho e te procuro, não consigo te encontrar...
Te encontro quando te penso, aí consigo te olhar;
O que penso é o que quero,
E o que quero é te querer;
Já te tenho como eu quero
Não preciso de você!


Ematuir Teles de Sousa

01/10/2011

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Beijo





Fecho os olhos para sentir o soprar da alma
O brio interno do vento...
Toco os lábios procurando o beijo
Macio e sedento...
Acaricio o rosto para libar a expressão
Cheia de verdade...
Ouço a canção soada no pulsar do toque
Em passos de liberdade...
Aspiro o perfume de rosas vermelhas
Ora tênue... Ora intenso...
Liberto o brilho do olhar do asilo da memória
Fugaz e intenso...
Percebo as janelas dos pensamentos se abrirem
O sol da esperança revelando-se latente...
Aponto-me em direção do calor existente;
Afasto os lábios...
Abro os olhos...
Sorrio...
Você!



Ematuir Teles de Sousa
31/12/2011

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

2012




Um novo ano iniciado,
Novos projetos e planos;
Porém... Os retidos do passado...
Estão vívidos, em desenganos!

Uma tempestade de sensações,
Retomam-me memórias ainda presentes;
Se pudesse esquecer-se de uma hora pra outra, ilusões!
Se coisas da vida de um ano pro outro tornassem ausentes!

Talvez as angústias aliviassem,
Os sofrimentos tornar-se-iam amenos,
As lágrimas não caíssem,
E os sonhos seriam alentos...

A realidade é que muito se depende de si,
As amizades nesta hora tornam-se abrigos;
Por isso é importante preservá-las em ti...
É um dom possuir amigos!

Ter a consciência de que nada se muda de repente,
É uma dádiva aprender com o tempo;
Aí vale a pena seguir em frente...
Sem espaço para lamento.

O tempo cronológico não é o tempo vivido,
O ano interior difere-se do exterior.
Por isso os sentimentos contidos,
São retomados como estupor.

É possível serenar a alma... Erigir atitudes...
Para que os dias tornem-se passos de conhecimento,
Para que os meses sejam trilhos de quietudes...
E os anos possam ser fé reconstituída no tempo.


Ematuir Teles de Sousa

Dia 03/01/2012

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Introspecção




Ao relento pus-me a caminhar
E ao encontro do vento quis sonhar,
Um anti-rumo eu tracei
E no abismo do meu ser, mergulhei!

As reminiscências me cobriram
De ardores... Amores!
As escolhas me feriram
Murchas ficaram as flores.

Cobrei-me em todos os instantes
 Por ter-me iludido... O perfume!
Em pensamentos constantes
Por ter-me correspondido... O ciúme!

Um imenso luar sobre os olhos
Um pequeno pulsar no peito,
O silêncio conduzindo os lábios
E das atitudes... Um sujeito!

Quanto mais do real afastava-me
Mais verdadeiro sentia-me
Estranho ficou o mundo
E em breve segundo...

Reconheci a miragem...
Encarei a vida...
E me escolhi...


Ematuir Teles de Sousa

14/09/09