terça-feira, 27 de setembro de 2016

Cacos


Aquele sopro na barriga que ninguém deseja sentir toca o abdômen,

Vai e vem incessantemente como estilhaços que, quando cravados na pele, rasga de mansinho,

Até me mantenho paradinho para não sentir!

Mas, vou sendo cortado pelo movimento involuntário de respirar,

 Ar que me mantém vivo é o mesmo que movimenta os cacos pelo corpo,

 Repetidas e pequenas dores me convencem que não há o que fazer, a não ser sentir,

Até que o os cacos sejam expelidos no seu tempo...


Ematuir Teles de Sousa

21/12/2016

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